M&M e outras siglas

Ainda não faz um ano desde que conheci o sistema Mutantes & Malfeitores, da Green Ronin, publicado em português pela Jambô Editora, mas já posso dizer que tive um período incrível com ele.

Da primeira vez que ouvi falar do sistema, já tinha o meu sistema favorito: o OPERA RPG. É um sistema nacional, de qualidade muito boa, mas que já está fora do mercado, devido à falência da editora que tinha os direitos dele (Comic Store). Gostava dele porque era bem livre, e permitia a criação de raças, armas, armaduras (até com detalhamento de qual seria a proteção de cada parte, sem grandes complicações), magias, e até super-poderes. Tinha também regras para aparatos tecnológicos e artes marciais. O problema era que... era mal explicado, pouca gente entendia qual era a do sistema.

Então, quando finalmente ouvi falar de M&M, foi com um certo desprezo. "Ah, é só mais um sistema OGL. O que ele tem a oferecer de novo? O que eu posso fazer com ele que não posso com o OPERA?". Até folheei a versão americana dele, certa vez, sem ver nada particularmente interessante (naquela época eu não tinha paciência para a "exaustiva" lista de super-poderes dele, que na minha cabeça não poderiam cobrir todas as situações do OPERA).

Então me passaram um blog, não lembro qual, que dizia que M&M era focado nos efeitos, e não nas descrições. Pouco importava se você atirava lasers, fogo, balas ou cachorros de pelúcia: se o dano fosse o mesmo, você teria o poder Raio, só mudando a descrição que você daria.

Isso me chamou a atenção. Para criar um poder em OPERA era preciso muita interpretação pessoal, o sistema era vago e usava substantivos e verbos pouco práticos (para fazer o poder voar era algo como "Controlar o ar, Arremessar a si mesmo", ou algo do tipo).

Então li como os poderes funcionavam, e vi que eles não eram só uma "lista exaustiva". Os poderes eram abertos para modificação. E não era modificação subjetiva, como em OPERA. Era coisa prática, mesmo, mexendo no efeito. Se eu quisesse um poder que me permitisse disparar um tiro em área... comprava Raio com o Extra Área. Se queria causar dano automático nos oponentes que me atacam... bastava aplicar o modificador "Reação" ao poder Golpe. Em resumo: o sistema, à primeira vista, parecia simples... até simplório. Mas, numa análise mais profunda, ele tem tremendas sutilezas.

E, além disso, era possível usar esse mesmo sistema para fazer qualquer tipo de equipamento, o que não era possível em OPERA (apenas armas e armaduras eram "criáveis" nele).


M&M não tem a proposta de ser um sistema genérico. Na verdade, é um sistema de supers, gênero este que eu mais jogo. Porém, com uma análise um pouco mais profunda, é possível perceber que qualquer campanha é possível. Estou, atualmente, além da que estou mestrando de Supers, numa mesa de Kamen Rider. Já tentei fazer uma cyberpunk, que estava dando certo (até eu perder a inspiração). Existem suplementos para campanhas estilo mangá, fantasia medieval, espionagem, entre outros gêneros.


Este blog me servirá para "anotar" minhas ideias, adaptações, fichas, e o diário da minha campanha, conforme forem surgindo. Tentarei manter um período quinzenal, pelo menos.

Espero que gostem.

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